domingo, 15 de abril de 2012

Protozoário - Tricomoníase

Sintomas:
- Nas mulheres, a doença pode começar com uma secreção espumosa de cor verde-amarelada e odor desagradável, proveniente da vagina; na maioria das mulheres infectadas, secreção é apenas ligeira ou ausente; a vulva (os órgãos genitais femininos externos) pode estar irritada e dolorida.
- Nos casos graves, a vulva e a pele que a rodeia inflamam-se, bem como os grandes e pequenos lábios.
- Outros sintomas são dor ao urinar.
Os sintomas da tricomoníase em homens infectados podem desaparecer em algumas semanas sem tratamento.
- Homens infectados, mesmo que não apresentem sintomas, podem infectar a parceira sexual se não receber tratamento para tricomoníase.
Tratamento:
- Geralmente pode ser curada com remédios sob prescrição médica.  
O tratamento pode ser oral e local (na mulher). 
Transmissão:
Relação sexual .
- A mulher pode ser infectada tanto por parceiros do sexo masculino quanto do sexo feminino 
- O homem por parceiras do sexo feminino.
Prevenção:
- Camisinha, tratamento simultâneo do(a) parceiro(a). 

Fungo - Candidíase

- A candidíase é uma das causas mais frequentes de infecção genital.
Sintomas:
- Nas mulheres: coceira na vagina e no canal vaginal; corrimento branco, em grumos, parecido com a nata do leite; ardor local e para urinar; dor durante as relações sexuais.
- Nos homens: pequenas manchas vermelhas no pênis; lesões em forma de pontos; coceira. 
- Em casos mais graves distúrbios gastro-intestinais, respiratórios e outros problemas dermatológicos podem aparecer.
Tratamento:
- O primeiro passo para o tratamento da candidíase é determinar as causas, combatê-las e evitar que elas retornem.

- Depois disso, são úteis os antimicóticos e pomadas antifúngicas de uso local.
- Quando eles não são suficientes, a conduta é prescrever medicamentos por via oral por tempo mais prolongado.
Transmissão:
- Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e dejetos de doentes ou portadores. 
- A transmissão da mãe para o recém-nascido pode ocorrer durante o parto.
Prevenção:
- Higienização adequada.
- Evitar vestimentas muito justas. 
- Camisinha. 

Bactéria - Sífilis

- Evolui de forma lenta e tem períodos quando se manifesta agudamente e períodos quando não se manifesta.
Transmissão:
- Pode ser transmitida da mãe para o feto, por transfusão de sangue , por contato direto com sangue contaminado ou por relações sexuais (vaginal, anal e oral).
Sintomas:
- Lesões duras, mas nem sempre doloridas nos órgãos genitais são o primeiro sintoma da sífilis.
 - Elas geralmente aparecem nos genitais, mas podem ocorrer também no ânus, na pele, na gengiva, na palma das mãos e na planta dos pés.
 - Mesmo sem tratamento, essas lesões costumam desaparecer em alguns dias, mas a doença continua ativa no organismo e pode provocar outros sintomas: manchas avermelhadas na pele e nas mucosas  e alterações no sistema nervoso central.
Tratamento:
- Antibióticos, normalmente penicilina, e deve ser acompanhado com exames de sangue para verificar a evolução da doença.
- Existe cura completa se tratada precoce e adequadamente.
- Se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso.
Prevenção:
- Preservativos são a única maneira de prevenir a doença.
Evitar contato sexual se detectar lesão genital no(a) parceiro(a).

Bactéria - Gonorréia

- Se caracteriza pela presença de abundante corrimento pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. 
- Este quadro frequentemente é precedido por coceira na uretra.
Sintomas:
- Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre.
- Nos homens, em geral, a doença provoca sintomas mais aparentes (secreção purulenta, ardor, eritema), mas, nas mulheres, pode ser assintomática.
- O fato de não haver sintomas, não impede a transmissão da doença.
Tratamento:
- Antibióticos.
- O tratamento da gonorreia é simples, barato e está disponível gratuitamente na maioria dos postos de saúde.
- Não tratada, a gonorreia pode atingir vários órgãos. 
- Nos homens, a infecção alcança o testículo e o epidídimo e pode causar infertilidade.
- Nas mulheres, chega ao útero, às trompas e aos ovários e provoca um processo inflamatório que, além da infertilidade, é responsável por uma complicação grave, às vezes, fatal, chamada doença inflamatória da pélvis.
Transmissão:
- Relações sexuais.
- O risco de transmissão é superior a 90%, isto é, ao se ter um relacionamento sexual com um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de cerca de 90%.

Prevenção
Camisinha.
- Higiene após a relação sexual.

Vírus - Herpes Genital

- Pequenas e dolorosas lesões na pele e mucosa da região genital, que desaparecem espontaneamente cerca de uma semana após seu surgimento.
-  Cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas, mas podem transmitir a doença. 
- Não existe ainda tratamento eficaz para a cura da doença.
Transmissão:
- Além da transmissão por via sexual, inclusive em modalidades anal e oral, bebês podem ser infectados no momento do parto, de mães adoecidas. 
- Contato direto com lesões ou objetos contaminados são outras formas de contágio.
Sintomas:
- Ardor, coceira, formação de ínguas e formigamento podem ocorrer antes do surgimento das vesículas. 
- Tanto no homem quanto na mulher, pode haver corrimento e ardência ao urinar, mal-estar e febre.
Prevenção:
Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. 
- Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. 

Vírus - HPV

- O HPV pode permanecer no corpo humano sem apresentar sintoma, por muito tempo. 
- As primeiras manifestações podem surgir, em geral, de dois a oito meses, mas podem demorar até vinte anos. 
- É praticamente impossível determinar em que época uma pessoa foi infectada.
Eventualmente, as lesões desaparecem espontaneamente.


Tratamento:
O tratamento do HPV tanto no homem como na mulher é igual, variando conforme a localização e formato das verrugas.
cauterização elétrica, laser, crioterapia e de forma cirúrgica.
- o retorno das lesões pode ocorrer e é freqüente, mesmo com o tratamento adequado.
Já existem vacinas para proteção contra alguns tipos específicos do HPV.


Transmissão:
- Roupas íntimas, instrumentos clínicos mal esterilizados e contato com a pele.
- Pode ser transmitido pelos três tipos de sexo: vaginal, anal e oral.


Prevenção:
- Camisinha usada adequadamente, do início ao fim da relação, pode proporcionar alguma proteção. 
- Ter parceiro fixo ou reduzir numero de parceiros.
-  Exame ginecológico anual.
- Abstinência sexual durante o tratamento.

Vírus - AIDs (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)

- É determinada pela ação do HIV;
- Os testes utilizados para detectar a presença do HIV indicam a presença do vírus somente quando o sangue da pessoa contaminada apresenta um determinado nível de anticorpos, isso só ocorre entre seis semanas e seis meses;
- No início da infecção, algumas pessoas apresentam sistemas que podem ser parecidos com os da gripe, porém podem desaparecer em alguns dias, outras não apresentam nenhum sintoma;
O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas.

Prevenção:
- Uso de preservativos nas relações sexuais;
- Conhecimento prévio, nas tranfusões sanguíneas, da qualidade doado;
- Esterilização de materiais cirúrgicos e odontológicos;
- Não utilização de instrumentos cortantes em uso comunitário;
- Evitar gravidez e amamentação, no caso de mulheres portadoras do HIV;

Sintomas:
- Febre, diarréia, emagrecimento, inchaço de linfonodos e fadiga acentuada.
- A pessoa afetada apresenta também tendência a desenvolver certos tipos de câncer.

Transmissão:
- Sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem, secreções vaginais e leite materno.
Pode ocorrer transmissão no sexo vaginal, oral e anal.

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)

- São doenças infecciosas que se transmitem pelo contato sexual.
 O uso de preservativo tem sido considerado como a medida mais eficiente para prevenir a contaminação e impedir sua disseminação.
Algumas podem também ser transmitidas por vias não sexuais, mas esses casos são menos frequentes.
- As DSTs podem ser contraídas através de vírus, bactérias, fungos, protozoários.

Método Cirúrgico - Laqueadura de Tubas Uterinas

- Cirurgia onde as trompas da mulher são amarradas ou cortadas, evitando com que o óvulo e os espermatozóides se encontrem.
É um método definitivo, ou seja, depois que a laqueadura é feita, é impossível engravidar novamente. 
Só é indicado para mulheres maiores que 25 anos que já tenham pelo menos 2 filhos.

Método Cirúrgico - Vasectomia

- Cirurgia feita na bolsa escrotal do homem, por onde passa o canal deferente. Esse canal é cortado, impedindo que os espermatozóides cheguem ao esperma.
Isso não faz com que o homem fique impotente, nem prejudica a produção de testosterona pelos testículos.
Esse método contraceptivo só é feito por recomendação médica, sendo requisitos ter no mínimo 25 anos ou dois filhos vivos, e ter passado por grupos educativos, pois é um processo irreversível.

Método Comportamentel - Tabelinha

- É um método natural de contracepção em que o casal não tem relações sexuais durante o período fértil da mulher, isto é, no período mais próximo da ovulação;
- Só poderá funcionar quando a mulher tem o ciclo menstrual muito bem regulado.
- A tabelinha não é um método adequado para quem quer realmente evitar a gravidez.
-Todo mês, deve-se marcar em um calendário a data de início da menstruação. Isto deve ser feito por no mínimo seis meses, para que se tenha uma informação correta sobre o ciclo hormonal. O número de dias entre as menstruações dividido por dois indica o meio do ciclo. Nos três dias antes e depois do meio (incluindo o dia de referência), não se deve ter relações sexuais.

Método Comportamentel - Coito Interrompido

- Consiste em retirar o pênis de dentro da vagina momentos antes da ejaculação. 
- Esse método é bastante falho, pois antes da ejaculação é expelido outro líquido, lubrificante, que também contém espermatozóides capazes de fecundar o óvulo.

Método Hormonal - Dispositivo Intrauterino (DIU)


* DIU de Cobre:
- É um dispositivo de plástico coberto de cobre que é colocado pelo médico no interior do útero;
- Função: impedir o acesso dos espermatozóides até o óvulo;
- Só pode ser utilizado com orientação médica;
- Quando bem aplicado, é um método de alta eficácia, quase 100% seguro para evitar a gravidez.
-O DIUs mais modernos duram de 5 a 10 anos no organismo da mulher.
- Liberação de sais de cobre pelo filamento que reveste a haste principal ou lateral. Após a colocação do DIU no útero, estes sais são normalmente liberados e possuem uma ação espermaticida muito importante. Eles matam os espermatozóides, impedindo a subida dos mesmos pelas trompas, não havendo, portanto, a fecundação do óvulo. 


* DIU Hormonal:
- Libera hormônios que tornam o muco cervical mais espesso dificultando a passagem dos espermatozóides e assim, a fertilização do óvulo. 
- Os hormônios inibem a motilidade e a função dos espermatozóides dentro do útero e nas trompas uterinas. 
- os hormônios inibem o crescimento do endométrio (camada de revestimento interno do útero) tornando-o desfavorável à gravidez e resultando em sangramento menstrual mais curto e menos intenso. 
Sua ação contraceptiva se inicia no momento em que é inserido.
- Age por até 5 anos.

Método hormonal - Pílula do Dia Seguinte

- É um comprimido que contém hormônios sintéticos semelhantes quimicamente ao estrogênio e à progesterona;
- Ela tem efeito anovulatório por bloquear a síntese de FSH e de LH na adenoipófise;
- Quando usado corretamente, a pílula combinada é um método quase 100% seguro de evitar a gravidez;
 - É utilizada em casos de emergência, como um furo na camisinha, ou vazamento de esperma, etc. 
 - Não deve ser utilizada com muita frequência, pois pode desregular o ciclo menstrual;
Eficácia de 99,9%;
Deve ser tomada em até 4 dias após a relação sexual, após esse período, a eficácia da pílula cai bastante. 
- Ela somente previne a gravidez de relações sexuais anteriores, não futuras.

OBS: pode trazer problemas de saúde, por isso seu uso deve ter um acompanhamento médico obrigatório.

Método hormonal - Implante

- São implatados no braço pequenos bastões que contêm hormônios, que impedem a ovulação e são liberados gradativamente. 
- É um processo indolor e que não causa desconforto para a paciente ou efeitos colaterais.
- Após a interrupção do uso desse método, o retorno da fertilidade é imediato.

Método Hormonal - Hormônios Injetáveis

- Com uma seringa são injetados hormônios que são liberados lentamente na corrente sanguínea e que evitam a ovulação em certo período (mensal ou trimestral).
- Cada injeção tem um efeito até 3 meses.
- Após a interrupção das injeções, é possível engravidar seis meses depois. 
- Sua eficácia é de aproximadamente 98,5%. 
- Deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico.
- Esse método não é recomendado para mulheres acima de 35 anos e fumantes, pois pode trazer algumas complicações para a saúde. Também deve ser evitado o uso por mulheres que tiveram trombose, glaucoma, problema cardiovascular, hepatites, hipertensão, neoplastias, diabetes, entre outros.
- O uso em períodos de amamentação pode prejudicar a produção de leite.

Desvantagens da contracepção hormonal injetável

• O método de contracepção hormonal injetável pode provocar irregularidades no ciclo menstrual.

• O retorno aos níveis de fertilidade é mais lento.

• Não protege contra as infecções sexuais transmissíveis.

Método de Barreira - Diafragma

- É um dispositivo de borracha que deve ser colocado na parte mais profunda do canal vaginal para tapar a entrada do útero e, assim, impedir a passagem dos espermatozóides para esse órgão e, consequentemente, para as tubas uterinas;
- O diafragma é colocado antes da relação sexual e retirado a cerca de oito horas depois;
- Nele, pode ser aplicado um produto espermicida, que destrói os espermatozóides.
A eficácia desse método é de aproximadamente 80%.

Método de Barreira - Camisinha Masculina e Feminina

A camisinha, além de evitar a gravidez, também evita a aquisição de DSTs. É um método barato e acessível a todas as camadas da sociedade, fazendo com que seja o método contraceptivo mais adotado no mundo. A sua eficácia fica em torno de 96%, se utilizada corretamente.

* Camisinha Masculina:
- É um dispositivo de borracha fina que deve ser colocado no pênis antes da relação sexual com o objetivo de barrar os espermatozoides logo após a ejaculação;
- Ao colocar a camisinha deve-se deixar um espaço livre na ponta do preservativo, pois é o lugar onde o esperma vai se depositar depois da ejaculação, caso contrário, a camisinha pode estourar ou o esperma subir até a base do pênis, tendo contato com o corpo feminino;

*Camisinha Feminina:
- É um dispositivo de plástico mais largo do que o preservativo masculino, que possui dois anéis nas extremidades, e deve ser colocado na vagina;
- A extremidade fechada deve ser acomodada no fundo do canal vaginal, a outra extremidade, aberta, fica do lado de fora do órgão genital feminino.

OBS:
- Ao comprar as camisinhas deve-se observar o prazo de validade impresso na embalagem, as camisinhas com prazo vencido perdem a eficiência, pois podem se romper.
- Não se deve usar ao mesmo tempo as camisinhas masculina e feminina.
- Após a relação sexual, a camisinha deve ser retirada e jogada no lixo. Não deve ser reutilizada.

Métodos Contraceptivos

Métodos contraceptivos são métodos que permitem reduzir as hipóteses de ocorrer uma gravidez não desejada e prevenir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). 
Nenhum método contraceptivo é o mais adequado para todas as mulheres ou homens, de todas as idades em todas as situações. Qualquer que seja o método escolhido, só funcionará corretamente se for utilizado corretamente.
Os métodos contraceptivos podem ser divididos em quatro tipos:
- Métodos de barreira (camisinha masculina e feminina, diafragma)
- Métodos hormonais (método injetável, implante, pílula do dia seguinte, DIU)
- Métodos comportamentais (coito interrompido, tabelinha)
- Métodos cirúrgicos (vasectomia, ligação de trompas)